As Políticas Linguísticas nos PALOP e o Desenvolvimento Endógeno

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Rajabo Alfredo Mugabo Abdula
Alexandre António Timbane
Duarte Olossato Quebi

Keywords

África, Línguas africanas, Desenvolvimento endógeno

Resumo

Este estudo propõe uma reflexão sobre a importância da valorização das línguas africanas para o desenvolvimento da África, procurando discutir como a política linguística colonial comparticipou na exploração e retardamento do desenvolvimento dos PALOP. A partir dessa pesquisa, chegou-se à seguinte conclusão: é importante procurar soluções para o continente africano, de forma a trazer benefícios que ajudarão a alcançar a sua independência econômica, política e cultural. Nesse sentido, é importante aproveitar os recursos linguísticos disponíveis para estabelecer relações comerciais entre os países africanos, mas, para isso, é preciso que os próprios africanos tomem a iniciativa de valorizar, preservar e expandir os recursos e as possibilidades, com vistas a levantar a baixa autoestima que os assola. Com esse intuito, a educação em línguas locais é primordial para o avanço a passos largos para o desenvolvimento.

Abstract 1350 | PDF Downloads 2996

Referências

Abdula, Rajabo Alfredo Mugabo. 2013. “O ensino das línguas nacionais como solução para o processo de alfabetização em Moçambique”. Letras Dom Alberto v.1, nº3: 219-232.
Bagno, Marcos. 2011. “O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipótese”. In Políticas da norma e conflitos linguístico, organizado por Xoan Lagares e Marcos Bagno São Paulo: Parábola.
Cabral, Amílcar. 1990. “A questão da língua”. Papia v.1, nº2. Brasília: 59-61 (31 julho, 2013), Disponível em: http://abecs.net/ojs/index.php/papia/article/view/188/300. Acesso em: 23 mai. 2017.
Calvet, Louis-Jean. 2007. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola.
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 2013. Estatística da CPLP 2012. Lisboa: INE, I.P.
Couto, Hildo Honório do. s.d. “Política linguística e planejamento linguístico na Guiné-Bissau”. Papia, v.1, nº2. Brasília: 47-57 (31 julho, 2013), Disponível em: http://abecs.net/ojs/index.php/papia/article/view/187/299. Acesso em: 23 mai. 2017.
Cunha, Celso. 1981. Língua, nação, alienação. Rio de Janeiro: Nova fronteira.
Fiorin, José Luiz. 2002. “Os aldrovandros cantagalos e preconceito linguístico” In O direito a fala: a questão do preconceito linguístico, organizado por Fábio Lopes da Silva e Heronides Maurilio de Melo Moura. Florianópolis: Insular: 23-38.
Fonseca, Dagoberto José. 2012. Você conhece aquela: a visão, o riso e o racismo a brasileira. São Paulo: Selo Negro.
Greenberg, Joseph. H. 2010. “Classificação das línguas em África” In História de África 1: Metodologia e pré-história da África, organizado por Joseph Ki-Zerbo. 2ed. Brasília: UNESCO: 317-344.
Guthrie, Malcolm. 1948. The classification of the bantu languages. London/New York: OUP/IAI.
Jorge, Manuel. 2006. “Nação, identidade e unidade nacional em Angola: conceitos, preceitos e preconceitos do nacionalismo angolano”. Lattitudes. nº28: 3-10 (30 junho, 2017), http://www.revues-plurielles.org/_uploads/pdf/17/28/17_28_02.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
Ki-Zerbo, Joseph. 2006. Para quando África: entrevista com René Holenstein. Trad. Carlos Aboim de Brito Rio de Janeiro: Pallas.
Kukanda, Vatomene. 2000. “Diversidade linguística em África”. Africana Studia nº3: 101-117.
Lopes, J. S. M. 2004. Cultura acústica e letramento em Moçambique em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural. São Paulo: EDUC.
Luchchesi, Dante e Baxter, Alain. 2009. “A transmissão linguística irregular”. In O português afro-brasileiro, organizado por Dante Lucchesi, Alain Baxter e Ilza Ribeiro. Salvador: EDUFBA: 101-124.
Malik, Khalid. 2014. Índice de desenvolvimento humano de 2014. New York: PNUD.
Murteria, Mário. 2010. “Visão e ideologia no desenvolvimento africano”. Janus: economia e desenvolvimento, meio século de independência africanas: 164-165 (20 julho, 2013), Disponível em: http://www.janusonline.pt/popups2010/2010_3_4_5.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
Naro, Antonio J. e Maria Marta Pereira Scherre. 2007. Origens do português brasileiro. São Paulo: Parábola.
Ngunga, Armindo et al. 2010. Educação bilíngue na província de Gaza: avaliação de um modelo de ensino. Maputo: CEA/UEM.
Ngunga, Armindo e Oswaldo Faquir. 2011. Padronização da ortografia de línguas bantu moçambicanas: relatório do 3º seminário. Maputo: CEA.
Ngunga, Armindo e Madalena Cintia Simbine. 2012. Gramática descritiva da língua changana. Maputo: CEA/UEM.
Oliveira, Gilvan Muller de. 2003. Declaração Universal dos Direitos linguísticos: novas perspectivas em política linguística. Campinas, SP: Mercado de Letras/ ALB; Florianópolis: IPOL.
Pedro, José Domingos. 2014. “Estão as línguas nacionais em perigo”. In Estão as línguas nacionais em perigo? Organizado por Cristiane Severo, Bento Bento e José Pedro. Lisboa: Editora escolar: 77-88.
Pereira, F. A. L. s.d. Portugal e os países africanos de língua oficial portuguesa. (Relatório de Estudo) (22 julho, 2013), Disponível em: http://aabdev.files.wordpress.com/2009/05/relatorio-de-estudo-portugal-e-os-palop.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
Pereira, Dulce. 2009. O essencial sobre a língua portuguesa: crioulos de base portuguesa. Lisboa: Caminho.
REPÚBLICA DE ANGOLA. 2010. Constituição da República. Luanda. (31 julho, 2013), Disponível em: http://www.governo.gov.ao/Arquivos/Constituicao_da_Republica_de_Angola.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
REPÚBLICA DE CABO VERDE. 1990. Constituição da República. Praia. (31 julho, 2013), Disponível em: http://www.icrc.org/ihl-nat.nsf/162d151af444ded44125673e00508141/1437105f604ce363c1257082003ea54a/$FILE/Constitution%20Cape%20Verde%20-%20POR.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOME E PRÍNCIPE. 2003. Constituição da República. São Tomé (3 julho, 2013), Disponível em: http://www.icrc.org/ihl-nat.nsf/162d151af444ded44125673e00508141/5365f72fb2758718c12570a5004ad411/$FILE/Constitution%20-%20Sao%20Tome%20-%20POR.pdf. Acesso em: 23 mai. 2017.
REPÚBLICA DE GUINÉ-BISSAU. 1996. Constituição da República. Bissau. (31 julho, 2013), Disponível em: http://www.didinho.org/Constituicaodarepublicadaguinebissau.htm. Acesso em: 23 mai. 2017.
REPÚBLICA DE GUINÉ-EQUATORIAL. 1995. Constituição da República. Malabo. Disponível em: . Acesso em: 31 jun. 2017.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. 2004.Constituição da República. Maputo. (31 julho, 2013), Disponível em: http://www.mozambique.mz/pdf/constituicao.pdf.
Rodrigues, Angela Lamas. 2011. A língua inglesa na África: opressão, negociação, resistência. Campinas, SP: UNICAMP/FAP.
Sitoe, Bento. 2014. “Línguas moçambicanas, como estamos?” In Estão as línguas nacionais em perigo? Organizado por Cristiane Severo, Bento Bento e José Pedro. Lisboa: Editora escolar: 37-76.
Severo, Cristine G. 2013. “Política(s) linguística(s) e questões de poder”. Alfa. n.57, v.2: 451-473.
Severo, Cristine G e Sinfree Makoni. 2015. Políticas linguísticas Brasil-África: por uma perspectiva crítica. v.5. Florianópolis: Insular.
Timbane, Alexandre António. 2012. “Os empréstimos do português e do inglês na língua xichangana em Moçambique”. Linguagem: estudos e pesquisas, Catalão, v.16, nº1 e 2: 53-79.
Timbane, Alexandre António. 2013. “A variação linguística e o ensino do português em Moçambique”. Confluências. nº43, 2º sem. Rio de Janeiro: 263-286.
Timbane, Alexandre António e Rosane de Andrade Berlinck. 2012. “A norma-padrão europeia e a mudança linguística na escola moçambicana”. Gragoatá. nº 2, 2º sem. Niterói: 207-226.
Zamparoni, Valdimir D. 2002. “As escravas perpétuas e o ensino prático: Raça, gênero e educação no Moçambique colonial, 1910-1930”. Estudos afro-asiáticos. ano 24, nº 3: 459-482.
Zamparoni, Valdimir D. 1998. Entre narros e mulungos: colonialismo e paisagem social em Lourenço Marques c.1890-c.1940. Tese (Doutorado em História Social), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP: São Paulo.
Zamparoni, Valdimir D. 2009. “Colonialismo, jornalismo, militância e apropriação da língua portuguesa em Moçambique nas décadas iniciais do século XX”. In África-Brasil: caminhos da língua portuguesa, organizado por Charlotte Galves, Helder Garmes e Fernando Rosa Ribeiro. Campinas-SP: UNICAMP: 27-56.

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)