O potencial da Guiné-Bissau para a economia azul: o caso das Ilhas Bijagós

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Martilene Santos https://orcid.org/0000-0003-2742-7509

Keywords

Economia Azul, Guiné-Bissau, Capital Natural

Resumo

Segundo a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA, 2014)¹, a importância das zonas oceânicas e costeiras assume-se fundamental para os denominados seis Estados africanos considerados, pelas Nações Unidas, como Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID): Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Ilhas Maurícias e Seychelles.


A Guiné-Bissau apresenta-se como um país com linha costeira total de 28 120 km² e com um número estimado de 80 ilhas localizadas nas suas águas costeiras, tornando-se, assim, um ator fundamental na liderança do processo de transição para a economia azul no continente africano. De entre os seis Estados africanos considerados como PEID, a Guiné-Bissau é o Estado que tem a maior população, de cerca de 1,6 milhões de habitantes, e a maior área geográfica.


O objetivo do presente paper é o de analisar os diversos setores da Economia Azul na Guiné-Bissau, desenvolvendo um diagnóstico de necessidades e um conjunto de recomendações para se promover a otimização dos recursos marítimos.


Em primeiro lugar, far-se-á um enquadramento geográfico do Estado da Guiné-Bissau. Em segundo lugar, desenvolver-se-á um argumentário para defender o potencial da Guiné-Bissau como um dos principais atores africanos na área da Economia Azul. De seguida, proceder-se-á a um diagnóstico de necessidades dos vários setores de Economia Azul da Guiné-Bissau, nomeadamente: (1) o estado dos transportes marítimos; (2) o turismo e o capital natural da Guiné-Bissau; (3) a área das pescas; (4) a energia marítima fóssil; e (5) as energias renováveis.


Após um tal diagnóstico de necessidades da realidade guineense em geral, analisar-se-á com maior detalhe o caso do Arquipélago das Bijagós, um conjunto de ilhas na Guiné-Bissau considerado como área protegida de reserva mundial da biosfera pela UNESCO desde 1996, o qual se assume como ex-líbris do capital natural da Guiné-Bissau.



¹ UNECA, 2014.

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Referências

African Union Commission. (2016). The Blue Economy and the African Union: A Handbook of Policies, Practices, and Programmes.
African Union – IBAR, 2020. Africa Blue Economy Strategy Implementation Plan, 2021-2025.
United Nations Economic Commission for Africa. 2014. Unlocking the full potential of the blue economy: are African small island developing states ready to embrace the opportunities? Addis
Ababa, Ethiopia: UNECA.