The Luso, the Tropic and the Tinny Dog in the Literary Revelations of Honwana

Main Article Content

Sueli da Silva Saraiva

Keywords

Mozambican literature, Luís Bernardo Honwana, colonialism, lusotropicalism

Abstract

It discusses the skewed narrative of Portuguese colonization in Africa supported by Gilberto Freyre's lusotropical ideology, which was strategically co-opted by the New State (Estado Novo) in the defense of late colonialism. While the journeys of the "Brazilian one in Portuguese lands" sponsored by Lisbon, between 1951 and 1952, resulted in sociological works that promoted the regime, the anticolonialist struggles were strengthened, and erupted in 1961. In that era of belligerent activities and intellectual resistance, Mozambican literature highlights Luís Bernardo Honwana and his We Killed Mangy Dog (1964), a set of narratives of colonial everyday life in Mozambique that demystifies lusotropical rhetoric, denouncing a "world that Portuguese created" marked by predatory exploitation, misappropriation of land, racism and deprivation of human values ??of all kinds. In this article it is verified how resistance to Lusotropicalist ideas was present in the discourse of the African intellectuals and writers engaged in anticolonial movements.

Abstract 870 | PDF (Portuguese) Downloads 749

References

Abdala Junior, Benjamin. 2003.De voos e ilhas: literatura e comunitarismos. Cotia: Ateliê Editorial.
Arenas, Fernando.2010. "Reverberações lusotropicais: Gilberto Freyre em África 1 - Cabo Verde". In: Buala – cultura contemporânea africana. Disponível em: http://www.buala.org/pt/a-ler/reverberacoes-lusotropicais-gilberto-freyre-em-africa-1-cabo-verde. Acesso em: 20 mar. 2012.
BOSI, Alfredo.2002. Literatura e Resistência. São Paulo: Companhia das Letras.
Cabaço, José Luís.2009. Moçambique: identidade, colonialismo e libertação. São Paulo: Ed. UNESP.
Castelo, Cláudia. 1999."O modo português de estar no mundo": O luso-tropicalismo e a ideologia portuguesa (1933-1961). Porto: Edições Afrontamento.
Honwana, Luís Bernardo. 1980. Nós matámos o cão-tinhoso. São Paulo: Ática.
Honwana, Raúl Bernardo.1989. Memórias. Lisboa: Edições ASA.
Fanon, Frantz. 2010.Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora da UFJF.
Freyre, Gilberto.2003. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. 48.ed. São Paulo: Global.
__________. 1940.O mundo que o português criou. Lisboa: Livros do Brasil.
__________.1953. Aventura e rotina: sugestões de uma viagem à procura de constantes portuguesas de caráter e ação. Rio de Janeiro: José Olympio.
__________.1953. Um brasileiro em terras portuguesas. Introdução a uma possível luso-tropicologia, acompanhada de conferências e discursos proferidos em Portugal e em terras lusitanas e ex-lusitanas da Ásia, África e do Atlântico. Rio de Janeiro: José Olympio.
__________.1958. Integração portuguesa nos trópicos. Lisboa: Ministério de Ultramar.
__________. 1961.O luso e o trópico. sugestões em torno dos métodos portugueses de integração de povos autóctones e de culturas diferentes da europeia num contexto novo de civilização: o lusotropical. Lisboa: Comissão Executiva das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.
Lepecki, Maria Lúcia.1987. "Luís Bernardo Honwana: o menino mais seu cão". Literaturas africanas de língua portuguesa. Lisboa, Fundação Gulbenkian, p. 45-55.
Macagno, Lorenzo.2002. Lusotropicalismo e nostalgia etnográfica: Jorge Dias entre Portugal e Moçambique. Afro-Ásia, v.28, 97-124. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21045. Acesso em: 27 de mai. 2017.
Melo, Alfredo Cesar.2014. Relendo Freyre contra Freyre: apropriações contra-hegemônicas do hibridismo no Atlântico Sul. Via Atlântica, São Paulo, v.1, n. 25, p. 83-101, Disponível em: . Acesso em: 27 mai. 2017.
Mondlane, Eduardo.2011. "Resistência – A procura de um movimento nacional". In: Sanches, Manuela (Org.). Malhas que os impérios tecem: textos anticoloniais, contextos pós-coloniais. Lisboa: Edições 70, p. 333-354.