Poscolonialidade e lugares linguísticos (des)conexos no ensino em contexto rural angolano (in)visibilidades em Tela

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Ezequiel Pedro José Bernardo https://orcid.org/0000-0002-2649-1501

Keywords

Poscolonialidade, Angola, Línguas, Desconexibilidade, Ensino

Resumo

A colonização em Angola serviu, entre outras finalidades, para a “cafricação” das línguas nacionais e hegemonização da língua portuguesa. Nesse prisma, a poscolonialidade devia promover um ambiente escolar democrático, sendo esta a via para o alcance da equidade num país de diversidade linguística e cultural que tinha sido forçado a adoptar paradigmas homogéneos, desconexos e de invisibilidades. O artigo procura reflectir sobre os lugares linguísticos e cultural no ensino em áreas
designadas rurais, de modos a perceber as questões de invisibilidades dos alunos num contexto pós-colonial através da revisão bibliográfica associada à entrevista de dois professores de formas a compreender como se dá o ensino naquelas localidades. Pauta-se por “desocidentalização” através do estatuto das línguas nacionais, redefinição das políticas linguístico-educativas, uma vez que a língua e a cultura constituem elementos indissociáveis que espelham a cosmovisão de suas sociedades.

Abstract 437 | PDF Downloads 321

Referências

Angola. (2010). Constituição da República. Luanda: Imprensa Nacional.
________. (2020). Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino. Luanda: Imprensa Nacional.
Augusto, A. F. (2013). Assessing the introduction of the Angolan indigenous languages in the educational sistem in Luanda:a language policy perspective, USA: El Monte.
Bernardo, E. P. J. (2018). Política linguística para o ensino bilíngue em Angola. 177f. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis.
Bolzan, O. R. (2011). Cultura e Escola. Santa Catarina: Unichapecó.
Bourdieu, P. & Passeron, J-C. (2014). A reprodução. Elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Vozes.
Fernández, A. (2014). A inteligência aprosionada. Porto Alegra: Artmed.
Imbamba, J. M. (2010). Uma Nova Cultura para Mulheres e Homens Novos. Luanda: Paulinas.
Olivares, P. A. (2015). El Modelo de Escuela Rural ?Es un Modelo Transferible a Otro Tipo de Escuela?, Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 3, p. 667-684, jul./sept.
Paxe, I. (2017). Política Educativas em Angola: Um Desafio do Direito à Educação. Luanda: Damer Gafica, S.A.
Reis, A. R. G. & Marcondes, G. S. (2008). Diversidade linguística e o processo ensino-aprendizagem, Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery,[1-10] n. 4, Jan/Jun. Disponível em: http://re.granbery.edu.br , Acesso em 22/Out/2019.
Schmoeller, L. & Dallabrida, N. (2017). No princípio era o verbo: a cultura escolar e o ensino da língua vernácula no ensino secundário brasileiro (1759-1960), Work. Pap. Linguíst., 18(1):[84-105], Florianópolis, jan./jul.
Vieira, L. (2004). Angola: a dimensão ideológica da educação (1975-1992). Luanda: Nzila.
Timbane, A. A. & Ferreira, L. B. A família, a escola e o aluno: quem ensina o que e para quê? In: Welington J. J. (Org.) (2019). Abordagens teóricas e reflexões sobre a educação presencial a distância e corporativa. [198-214]. Maringá – Paraná: Uniedusul.
Zau, F. (2013). Educação em Angola: Novos trilhos para o desenvolvimento. Luanda: Movilivros.